Skip to content
Por motivos técnicos, este site teve de ser reconstruído de raiz. Algumas das suas funcionalidades e páginas anteriores perderam-se e é possível que algumas ligações tenham sido quebradas.

História da anulação da dívida privada ao longo de 5000 anos

O endividamento serviu, desde o início da História, há 5000 anos, para escravizar, espoliar, dominar, desapossar as classes populares (onde na primeira fileira de vítimas encontramos as mulheres), as classes trabalhadoras: famílias camponesas, artesãos e artesãs, pescadoræs, até aos assalariados modernos e membros das suas famílias (æs estudantes que se endividam para prosseguirem os seus estudos). O processo é simples: o credor exige que o devedor dê em garantia os bens que possui. Pode ser a terra que possui e cultiva, ou instrumentos de trabalho no caso dos artesãos. O reembolso do empréstimo pode ser feito em espécie ou em numerário. Como a taxa de juro é elevada, para reembolsar o empréstimo o devedor/a é obrigado a transferir para o credor uma grande parte do produto do seu trabalho ou do seu património, e assim empobrece. Se entrar em incumprimento de pagamento, o credor desapossa-o do bem que foi dado em penhor. Em certas sociedades, isto pode levar à perda de liberdade do devedor e até dos membros da sua família. É a escravatura por dívida. Nos EUA e em certos países europeus, até ao início do século XIX, a falta de pagamento podia ser punida por lei com mutilações físicas e, até meados do século XIX, com pena de prisão. Na Europa e nos EUA, no primeiro quartel do século XXI, ainda que o número de pessoas encarceradas por esse motivo seja reduzido, a prisão por dívidas ainda não foi abolida. Em África, no Médio Oriente e noutros lugares, milhares de pessoas continuam na prisão por falta de pagamento de dívidas.

 

Índice deste caderno

 
temas: anulação da dívida
visitas (todas as línguas): 2
 

Este sítio usa cookies para funcionar melhor