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Fundo Monetário Internacional (FMI)

Além de emprestadores, o FMI e o Banco Mundial têm outros papéis. Nasceram em 1945 para ajudar a pôr em ordem a economia do mundo e evitar que os peixes grandes comessem os pequenos. Mas, sobretudo a partir dos anos 1970, estas duas agências, fortemente controladas pelos países ricos, assumiram o papel de cobrar os empréstimos dos credores oficiais e privados.

O FMI deveria ajudar a equilibrar as finanças dos países, emprestando dinheiro a prazo mais curto para corrigir aquelas dificuldades. O Banco Mundial devia ajudar os países a progredir no sentido de um desenvolvimento socioeconómico justo e sustentável.

Mas a realidade tem sido outra. Eles dão e tiram empréstimos (não permitem que Cuba seja membro, e durante muito tempo impediram também a China). Não têm uma gestão democrática nem tornam transparentes as informações. Cobram dívidas em benefício próprio e de outros credores. Metem-se nos países para dizer como estes devem organizar a economia. Impõem receitas que nunca favorecem os devedores e sempre protegem os interesses dos banqueiros. E contam com cúmplices em cada um dos nossos países.

O mais grave é que o FMI e o Banco Mundial não assumem qualquer responsabilidade pelos danos causados pelas suas recomendações equivocadas. É o caso da Argentina: a obediência ao FMI culminou na crise financeira de 2002 e em graves consequências sociais que perduram até hoje.

Membros e estrutura

Em princípio todos os 187 países membros das Nações Unidas integram o FMI, com excepção da Coreia do Norte, Cuba, Liechtenstein, Andorra, Mónaco, Tuvalu e Nauru. Convém lembrar que a exclusão de alguns países, como é o caso de Cuba, não se deve a qualquer espécie de «pureza» política, como se prova pelo facto de o FMI ter apoiado e subsidiado praticamente todas as ditaduras militares e civis do Mundo.

A autoridade de topo dentro do FMI é a Assembleia de Governadores, formada geralmente por ministros da economia ou presidentes dos bancos centrais. Existe também um directório executivo composto por 24 membros eleitos e um secretário-geral. São membros permanentes do directório: Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, China, Rússia e Arábia Saudita.

Do ponto de vista democrático, o FMI é um exemplo de perversão: além do facto de os EUA serem o único país com poder de veto, não existe paridade de votos – cada país tem uma «quota» de voto. Assim, o voto dos EUA vale 17,08 %, ao passo que a Argentina, por exemplo, tem 1,9 9%, a Alemanha 5,99 %, o Japão 6,13 %.

Sobre outros aspectos da estrutura, quotas, etc., ver artigo na Wikipedia.

O Banco Mundial sofre dos mesmos pecados antidemocráticos – o voto dos países não é paritário, e os EUA, como seria de esperar, têm um peso esmagador nas tomadas de decisão. Ver artigo na Wikipedia.

Artigos:

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