França: por uma Nova Frente Popular com os movimentos sociais
Pela segunda vez, Emmanuel Macron tenta o mesmo truque: face a uma subida preocupante da extrema direita (desta vez nas eleições para o Parlamento europeu), convoca eleições antecipadas, no estreito prazo de duas semanas, não dando tempo aos seus adversários para se entenderem e formarem coligações. Procura assim beneficiar do «voto útil» de toda a esquerda e vencer a sua mais destacada oponente de extrema direita, Marine Le Pen, do partido da União Nacional (Rassemblement National - RN). Desta vez, porém, a jogada saiu-lhe mal: toda a esquerda francesa se uniu no tempo recorde de 4 dias para formar uma Nova Frente Popular (Nouveau Front Populaire), constituir um programa e apresentar listas de candidatos.
A Nova Frente Popular é reminiscente da Frente Popular de 1934, então promovida pelo Partido Socialista e pelo Partido Comunista, para combater a ameaça dos gangs fascistas. Essa frente não só viria a ganhar as eleições de 1936, como, sob pressão dos movimentos populares e operários – que lançaram as maiores greves e ocupações de fábricas da história da França até maio de 1968 –, se viu forçada a ir muito mais além do seu próprio programa de governo e conceder, pela primeira vez na História, o direito a férias pagas, à semana de trabalho de 40 horas, ao subsídio de desemprego, à nacionalização de sectores industriais estratégicos, etc.
Aqui vos deixamos um abaixo-assinado com o apelo aos movimentos sociais para se juntarem à Nova Frente Popular.
Apelo à intervenção de militantes dos movimentos sociais, das mobilizações cidadãs e da esquerda alternativa
Nós, sindicalistas, activistas dos movimentos sociais e ecologistas, dos bairros populares, dos agricultores, das associações e colectivos de moradores, das mobilizações de cidadãos, activistas das organizações políticas da esquerda alternativa – actores das lutas ambientalistas, anticapitalistas, feministas, LGBTQI, anti-imperialistas e internacionalistas, anti-racistas, anti-validistas ... – respondemos ao apelo por uma Nova Frente Popular para impedir uma maioria de extrema direita na Assembleia Nacional e, ao mesmo tempo, fazer recuar o neofascismo e o macronismo que o reforça.
O acordo eleitoral dos partidos de esquerda que assinaram o comunicado «Poucos Dias para Construir Uma Frente Popular» era absolutamente necessário. As candidaturas da Frente Popular devem encarnar a aspiração à unidade, ser as mais unificadoras da esquerda, as mais legítimas a nível local, as mais susceptíveis de vencer a extrema-direita – o que exclui casos específicos de candidatos particularmente opostos aos valores sociais, feministas e anti-racistas que defendemos – para que o maior número possível de deputados de esquerda seja eleito a 7 de julho. Nas nossas cidades, nos nossos locais de trabalho e nos nossos bairros participaremos plenamente nesta mobilização eleitoral. Mas a Nova Frente Popular, que neste momento não é mais do que um acordo eleitoral, não pode ser realizada sem os movimentos sociais.
É, antes do mais, uma necessidade pragmática. Ficou demonstrado com a grande mobilização que se opôs à contra-reforma das reformas/pensões em 2023: quando os sindicatos e os movimentos sociais se associam, conseguem reunir milhões de pessoas. É uma força inestimável que pode e deve contribuir para a vitória.
É além disso uma exigência democrática fundamental, pois queremos que os deputados para cuja eleição contribuímos prestem contas dos seus actos durante o mandato, que se mantenham ao serviço dos interesses dos/as oprimidas e explorados. É a única via para reconstituir uma força popular capaz de evitar a catástrofe, não só hoje mas também nos anos vindouros, e para construir uma verdadeira alternativa social e política. Não esquecemos os desacordos que possamos ter com certos componentes políticas da Nova Frente Popular, seja nas mobilizações dos últimos meses ou quando algumas delas estavam no poder. Participar na Nova Frente Popular não significa passar um cheque em branco: no nosso entender, só a participação nesse espaço das/os militantes dos movimentos sociais, ambientais e de cidadania, da esquerda mobilizada no terreno, pode permitir realmente a construção de uma alternativa popular e antifascista capaz de inverter a tendência em curso e lançar as bases de uma ruptura. Dizemo-lo com clareza: a nossa bússola, a nossa prioridade, é antes do mais as reivindicações expressas pelos próprios movimentos sociais.
Não se trata apenas de fazer melhor, mas também de fazer mais. Se nos mantivermos vigilantes, conseguiremos ir mais longe na ruptura e alternativa. As forças hostis que um governo da Nova Frente Popular teria de enfrentar não deixarão de estar presentes, também elas. O patronato defender-se-á com unhas e dentes. A extrema direita e os arruaceiros fascistas quererão vingar-se de uma oportunidade perdida. Todos procurarão fazer cair um tal governo, para tomarem o poder em 2027. Se, inversamente, fosse a extrema direita a governar, ou um macronismo ainda mais à direita e autoritário do que hoje em dia, teríamos absoluta necessidade de reforçar as nossas capacidades de mobilização, de autodefesa, de solidariedade concreta e política com os mais oprimidos/as, discriminados/as, explorados/as, todas e todos quantos já são vítimas de sistemático racismo, islamofobia ou anti-semitismo, que constituirão o primeiro alvo desses governos. Por isso, fazer frente popular significa preparar a autodefesa e a ofensiva populares, nos bairros, no campo, nas empresas, em cada comarca, a partir de agora.
Sim à unidade para fazer frente conjunta! Mas ela não vencerá sem os movimentos sociais e as mobilizações cidadãs, sem intervenção popular e sem democracia. Não basta mudar o governo, é preciso mudar a sociedade.
Por isso apelamos:
- A todos os/as camaradas, colegas, vizinhos/as e amigos/as para que participem plenamente na mobilização eleitoral no terreno.
- À participação em todas as manifestações, encontros, chamadas das nossas organizações ou de todas as organizações que conjuguem a necessidade de uma resposta antifascista massiva à ruptura com as políticas neoliberais.
- A que os partidos políticos signatários do acordo eleitoral dêem espaço às nossas organizações e militantes, às pessoas menorizadas, na Nova Frente Popular que está a ser construída, a nível local e nacional.
- Ao conjunto das organizações e componentes dos movimentos sociais e cívicos para que integrem a Frente Popular e participem nas assembleias e comités da Nova Frente Popular ao nível local, de forma a contribuírem com uma perspectiva de ruptura e alternativa às políticas levadas a cabo nos últimos 40 anos.
Primeiras/os signatários:
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Loïc Abrassart, membro do conselho nacional de SUD Travail Affaires sociales
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Anne Aït-Touati, co-porta-voz da Confédération paysanne des Hautes Alpes
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Sarah-Loëlia Aknin, secretária nacional de SUD Travail Affaires Sociales
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Hervé Andres, doutorado em Ciência Política, militante associativo, Nice
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Verveine Angeli, sindicalista e militante associativo, Montreuil
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François-Xavier Arouls, sindicalista RATP, Paris
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Louis-Marie Barnier, militante da saúde no trabalho, Roissy
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Jean Batou, militante anticapitalista, Paris/Genève
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Fernand Beckrich, NPA-L’Anticapitaliste, Metz
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Elodie Bedouet, militante sindical e feminista
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Patrick Belloeil, militante da Education Populaire, Brest
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Patricia Benoit, sindicalista do SUD Santé Sociaux 81
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Nicolas Bestard, Solidaires ASSO 12, Millau
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Cathy BIllard, NPA-L’Anticapitaliste, sindicalista e feminista
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Pascal Boisset, vice-presidente da Union syndicale de la psychiatrie
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Mallaury Bolanos, militante sindicalista, feminista e queer
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Manon Boltansky, sindicalista na BnF e NPA-L’Anticapitaliste, Paris
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Mariano Bona, Ensemble! Isère, On construit l’Alternative
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Vincent Bonnin, professor e investigador, jurista, CGT FercSup, Universidade de Poitiers
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Stéphane Borras, SUD Collectivités territoriales 31
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Bernadette Bouchard, Nice
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Martine Boudet, autora altermundialista, Toulouse
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Antoine Boulangé, co-secretária CGT FercSup Sorbonne Université, membro da comissão executiva da FERC CGT
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Michel Boutonnet, defensor dos inquilinos opostos às demolições de HLM, Besançon
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Joël Brochier, sindicalista SUD éducation 05
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Frédéric Burnel, militante pela emancipação, sindicalista, Rejoignons-nous, Caen
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Claude Calame, Conselho científico da ATTAC, LDH (Section EHESS), Ensemble!
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Pascal Canaud, militante sindical, associativo e político, Poitiers
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Janine Carrasco, co-secretária de Solidaires 29, Quimper
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Sarah Charrier, sindicalista Solidaires 29
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Hocine Chemlal, sindicalista Solidaires, Morlaix
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Lou Chesne, porta-voz da ATTAC
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Odile Cholet, militante associativa, Saint-Brieuc
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Benoît Chollet, militante florestal, sindicalista Solidaires du Doubs
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Florence Ciaravola, millitante feminista e sindicalista, membro de Ensemble!, Nice
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David Cocault, sindicalista, Saint-Brieuc
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Marie Cohuet, co-presidente de Amis de la Terre France
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Clem Converset-Dore, Action Justice Climat
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Annick Coupé, sindicalista
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Pierre Cours-Salies, sociólogo, membro d’Ensemble!, Toulouse
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Thomas Coutrot, economista, Ateliers Travail et Démocratie, Montreuil
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Alexis Cukier, militante dos Ateliers Travail et Démocratie, ATTAC, CGT FercSup, Rejoignons-nous, On construit l’Alternative, Montreuil
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Michel Cukier, Picardie Debout!, Abbeville
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Olivier Cuzon, co-secretário Solidaires 29
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Laurence De Cock, historiadora e professora, Paris
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Anne-Marie Deiss, militante sindicalista feminista, Nice
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Bruno Della Sudda, militante autogestionária e altermundialista, membro do RESU 06 e do Ensemble!, On construit l’Alternative, Nice
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Pascal Dias, SUD Santé Sociaux, Solidaires 93
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Gaëlle Differ, sindicalista no le 93
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Josepha Dirringer, jurista de direito social, Rennes
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Vincent Drezet, porta-voz da ATTAC
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Anne-Karine Drouadaine, Nous Toutes 26
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Simon Duteil, sindicalista no 93, ex-co-delegado-geral da Union syndicale Solidaires
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Loic Escaich, sindicalista SUD Santé sociaux 81
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Jules Falquet, feminista, Paris
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Patrick Farbiaz, Peps - Pour une écologie Populaire et Sociale, Paris
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Brigitte Finas, membro da direcção da ATTAC
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Fabrice Flipo, CGT, ATTAC, Viry-Châtillon
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Jacques Fortin, militante LGBT anticapitalista, Marseille
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Tony Fraquelli, CGT Cheminots, Région parisienne
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Bastien Galera, SUD sante sociaux 81, delegado sindical no sistema privado
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Davide Gallo Lasserre, militante e investigador, Montreuil
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Michelle Garcia, militante anti-racista e internacionalista, Rejoignons-nous, Montreuil
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Isabelle Garo, Rejoignons-nous, Paris
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Franck Gaudichaud, universitário, Snesup-FSU, France Amérique Latine, Toulouse
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Cécile Gintrac, professora, comité de vigilância JO, Saint Denis
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Raphaël Giromini, SNES-FSU Aubervilliers 93
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Dominique Glaymann, sociólogo, Evry
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Hélène Grigoriadou, Gilet jaune, Montreuil
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Gérard Gueniffey, colectivo Palestine Sant Nazer
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Yvon Guesnier, membro da direcção da CGT Educ’Action des Alpes Maritimes
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Marie Guidicelli, colectivo FFFRAC 78, Mante La Jolie
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Isabelle Hamou, ortofonista em CMPP, cidadã
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Emmanuelle Handschuh, coordenação nacional #Nous Toutes
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Jean-Marie Harribey, economista, ex-membro da Université de Bordeaux
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Samuel Hayat, SUD-Recherche, Paris
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Florence Henry, CGT Educ’action, Montrouge
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Laure Imart, SUD Santé Sociaux 81
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Sabina Issehnane, economista, Paris
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Pierre Khalfa, Fondation Copernic, Paris
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Marianna Kontos, empenhado na mobilização face aos JOP Paris 2024, Montreuil
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Margaux Labarthe, militante feminista na equipa sama, Mont de Marsan
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Corinne Le Fustec, militante da educação popular, altermundialista, Plérin
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Billie Le May, sindicalista e UCL Grenoble
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Serge Le Quéau, Côtes d’Armor
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Mai Le Thi, Droit à l’école, Vincennes
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Michèle Leclerc-Olive, socióloga, presidente das associações CORENS e CIBELE (colectivos regionais para a cooperação Nort/Sul), Paris / Lille
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Olivier Lecour Grandmaison, universitário, Rejoignons-nous, Paris
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Noëlle Ledeur, sindicalista solidário das Mineur·es à la rue e das Palestinien·nes, Besançon
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Geneviève Legay, militante altermundialista e luta contra as violências policiais
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Alex Legros, sindicalista CGT, Sarthe
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Irène Leguay, militante NPA-L’Anticapitaliste Sarlat, ex-secrária-geral SUD Santé Sociaux
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Nina Lejeune, camponesa e porta-voz da Confédération paysanne du Var
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Fanny Lelimouzin, membro do conselho nacional SUD Travail Affaires Sociales
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Christophe Lemasson, sindicalista altermundialista, Côtes d’Armor
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Yannick Lesne, sindicalista Solidaires 29, Quimper
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Jacqueline Madrennes, eleita municipal e Grenoble Alpes Métropole, trabalho de memória, militante anti-racista, Ensemble! Isère
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Jean Malifaud, militante sindical Snesup-FSU e fondation Copernic
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Emmanuelle Mallain, sindicalista Solidaires 29
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Fabien Marcot, Rejoignons-nous, Lyon
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Sophie Maréchal, Collective FFFRAC 78, Mantes La Jolie
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Jean-Pierre Martin, militante Notre santé en danger e Médecins du monde, Paris
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Gérard Mas, sindicalista CGT, função pública hospitalar, Quimper
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Laurence Mathioly, SUD Santé Sociaux/Solidaires 25
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Danièle Mauduit, militante associativa, Saint-Brieuc
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Gérard Mauduit, Ensemble! Saint-Brieuc
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Arya Meroni, Assemblée Féministe Paris-Banlieue, Montreuil
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Etienne Miossec, Ensemble! Saint-Brieuc
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Robi Morder, jurista, membro do RESU, Paris
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Sophie Muceli, militante feminista
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Richard Neuville, militante internacionalista e da autogestão, Aubenas
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Léa Nicolas, Assemblée féministe Paris Banlieue, Montreuil
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Françoise Nielsen, psicanalista, Paris
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Maëlle Noir, coordenação nacional #Nous Toutes
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Norbert Nusbaum, sindicalista, militante da solidariedade com a Palestine, Besançon
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Grégory Oro, sindicalista SUD Santé Sociaux 81
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Linda Payet, militante feminista negra, Nous Toutes e Fondation des Femmes 44
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Hélène Pechey, Ensemble! Saint-Brieuc
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Adrien Pettré, delegado sindical CGT Schindler
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Alice Picard, porta-voz da ATTAC
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Simon Picou, sindicalista no Ministério do Trabalho
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Dominique Plihon, economista, militante da ATTAC, Antony
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Rémy Ponge, sociólogo, Institut régional du travail, Aix-Marseille Université
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Christine Poupin, NPA-L’Anticapitaliste, Rejoignons-nous, On construit l’Alternative, Rouen
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Vincent Présumey, sindicalista e militante político, membro do RESU, Moulins
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Stéfanie Prezioso, militante anticapitalista e feminista, Paris/Genève
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Jean Puyade, professor reformado, Paris
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Antoine Rabadan, militante internacionalista, RESU
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Makan Rafatadjou, arquitecto-urbanista, Paris
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Hugo Reis, sindicalista SUD PTT
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Fabrice Riceputi, historiador, Besançon
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Daniel Rome, militante internacionalista, Montreuil
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Théo Roumier, sindicalista SUD éducation en lycée professionnel, Paris
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Colette Rueff, sindicalista, militante da solidariedade com a Palestine, Besançon
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Daria Saburova, investigadora, militante internacionalista, RESU, Paris
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Catherine Samary, militante ATTAC, UJFP, NPA-L’Anticapitaliste, Rejoignons-nous, RESU, Paris
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Mariana Sanchez, sindicalista, militante internacionalista, Comité français du RESU, Clichy
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Frédéric Sechaud, sindicalista, Marseille
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Hugo Serponi, sindicalista e UCL Paris
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Robert Simon, militante ecologista, não violento, LGBT, defensor dos direitos humanos no mundo, Paris
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Jules Siran, Fédération SUD éducation
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Christian Taillandier, sindicalista FSU
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Annie Thebaud-Mony, Ban Asbestos France e Association Henri Pézerat
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Laura Thieblemont, co-presidente dos Amis de la Terre France
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Stéphane Thobie, membro da direcção ATTAC France, La-Roche-sur-Yon
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Clémence Thomas, militante feminista e queer
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Éric Toussaint, porta-voz do CADTM internacional, Liège
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Marie-Christine Vacavant, militante LDH e de associações sociais e culturais, Abbeville
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Kévin Vacher, militante por uma habitação digna, Marseille
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Patrick Vassalo, Alternatives ESS, Saint-Denis
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Victor Vauquois, co-fundador de Terres de luttes
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Ramon Vila, sindicalista, Secretário-geral da Fédération SUD Santé Sociaux
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Christiane Vollaire, filósofo, Paris
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Corinne Walter-Glaymann, IEN honorário Lettres-Histoire-Géographie, Fontenay-sous-Bois
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Youlie Yamamoto, porta-voz ATTAC
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Karel Yon, sociólogo, Paris
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Miléna Younès-Linhart, militante feminista anti-racista
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Vérane, Collectif Riposte alimentaire
Fontes e referências
Traduzido por Rui Viana Pereira.
Fonte: Vários autores, «Faire front populaire, avec le mouvement social», Mediapart, 19/06/2024.
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