O G20 é tão pouco legítimo como o seu progenitor G7 (EUA, Canadá, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Japão), que o lançou há três anos, quando se fez sentir a severidade da crise económica mais grave desde os anos 1930. O G20 foi posto em xeque do início ao fim da sua reunião de 3 e 4 de Novembro de 2011, em Cannes. A crise da União Europeia e da zona euro é patente e está no centro de todas as preocupações. A pirueta do primeiro-ministro grego Papandreou, ao anunciar três dias antes da cimeira a convocação de um referendo na Grécia, voltou a pôr em causa os mais recentes planos para evitar a falência em cadeia dos grandes bancos privados europeus e o seu efeito de boomerang sobre as instituições financeiras norte-americanas[1].
Aos 1,2 mil milhões de euros da dívida pública portuguesa leiloada esta quarta-feira foi aplicada uma taxa de juros de 4,997 por cento, superior à verificada no leilão anterior. A procura foi duas vezes superior à oferta.
‘Haircut’ da dívida grega e novas exigências de solvabilidade poderão gerar ‘tempestade’ europeia com impacto nos rácios dos bancos portugueses.
O perdão parcial da dívida da Grécia, que pode atingir os 50%, é um cenário capaz de gerar uma ‘tempestade' no sector bancário europeu, levando ao ‘haircut' das dívidas de outros países europeus, incluindo Portugal. A concretizar-se, este cenário deverá tornar mais provável o recurso dos bancos nacionais à linha de capitalização de 12 mil milhões prevista no acordo da ‘troika'.
Marques Mendes considerou esta quinta-feira à noite “uma provocação a quem tem de pagar mais impostos” e um “escândalo” a criação de uma nova empresa pública (EP) para gerir as Parcerias Público-Privadas (PPP) anunciada esta semana pelo Governo.
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